Como Armazenar Energia Solar

Uma das principais dúvidas dos consumidores de energia solar fotovoltaica é: como armazenar energia solar a noite, se os geradores solares utilizam o sol? A resposta é simples: assim como a energia elétrica proveniente de outras fontes, a energia solar é armazenada em baterias!

Graças as regras de geração distribuída criadas em 2012 pela ANEEL, por meio da sua Resolução Normativa 482, o armazenamento da energia solar produzida não é um problema para as mais de 100 mil unidades consumidoras do sistema fotovoltaico no Brasil.

A Resolução 482 regulamentou e criou o sistema de compensação de energia elétrica. O que é isso? A unidade consumidora, com um gerador solar fotovoltaico instalado e conectado à rede da distribuidora, durante o dia usa a energia da sua autoprodução. O excedente da geração é injetado na rede. Como à noite não há produção, o consumidor usa a energia que foi enviada para a rede no dia.

Apesar de parecer uma solução vantajosa, ela na verdade gera uma relação de dependência com a concessionária, sendo um aspecto negativo dos sistemas On-Grid. Isso porque quando ocorre queda da energia da rede, o gerador para de produzir a energia até o reparo, prevenindo que ocorram danos nos equipamentos do sistema fotovoltaico.

Outro problema é que o maior consumo de energia elétrica ocorre justamente quando o gerador solar fotovoltaico não produz energia, ou seja, durante a noite. A consequência pode ser uma sobrecarga das redes de transmissão.

Afinal, é possível armazenar energia solar?

A resposta é sim! É possível armazenar energia solar fotovoltaica da mesma maneira que a energia elétrica proveniente de outras fontes: por meio de baterias.

No Brasil, as primeiras baterias usadas para armazenar a energia fotovoltaica foram as de chumbo-ácido e níquel-cadmio, sendo que hoje ainda há muitos sistemas isolados que as usam para esse fim.

A desvantagem de usar essas baterias é o que o custo é elevado, sendo que a vida útil é menor que a do gerador solar fotovoltaico. Esses dois aspectos inviabilizam seu uso em sistemas locais com acesso à rede elétrica.

Porém, em outros países esse cenário é diferente. Em países da Europa, América do Norte e Ásia, por exemplo, em que os sistemas fotovoltaicos estão mais avançados, as baterias usadas são as de íon-lítio, como a Powerwall da Tesla. Esse tipo de bateria vem se expandindo rapidamente graças a sua capacidade de armazenamento e alta durabilidade.

As baterias de íon-lítio também são usadas nos carros elétricos e isso as torna uma estação para guardar a energia produzida pelo gerador solar fotovoltaico. Isso mesmo, você não leu errado! Imagine que no futuro a população poderá usar a energia gerada pelo seu sistema fotovoltaico para alimentar seu carro elétrico.

Formas de armazenamento de energia solar

A melhor forma de armazenamento de energia solar é por baterias. Há três tipos de baterias: chumbo-ácido, níquel-cádmio e Íons de Lítio. As duas primeiras são similares àquelas utilizadas nos automóveis tradicionais. A de lítio é a mesma empregada para alimentar celulares e Laptops e carros elétricos.

Bateria de chumbo-ácido

Pioneira na utilização em sistemas fotovoltaicos, a bateria de chumbo-ácido é composta por dois eletrodos, um de chumbo esponjoso e outro de dióxido de chumbo em pó. Porém, ainda que operem no armazenamento de energia solar, seu alto custo não condiz com sua vida útil.

Bateria de níquel-cádmio

Apesar da possibilidade de ser recarregada diversas vezes, a bateria de níquel-cádmio também possui um valor muito elevado em comparação à sua vida útil. Ainda assim, ela é utilizada principalmente para o funcionamento de aparelhos como celulares e filmadoras, embora cumpra seu papel de armazenar energia fotovoltaica do mesmo modo.

Bateria de íons de lítio

Com maior potência e durabilidade, a bateria de íons de lítio é uma opção viável de como armazenar energia solar. Isso torna-se possível porque opera de modo reativo com uma grande quantidade de energia em baterias cada vez menores e leves.

Além disso, é possível carregar somente uma parte da bateria e não é preciso aguardar que ela descarregue totalmente para realizar a recarga, já que não possui o conhecido “vício de bateria”.

Um sistema conectado à rede precisa de troca para sistema com bateria?

Não! Essa tecnologia de armazenar a energia em baterias complementará os sistemas On-Grid. No Brasil, foi desenvolvida uma tecnologia que já está sendo usada com essa finalidade e irá permitir que os consumidores da energia solar fotovoltaica usem as baterias sem que seja preciso substituir o inversor e outros componentes do gerador.

Nos próximos anos, o Brasil deve seguir a tendência de outros países, que já usam as baterias em conjunto com os sistemas conectados à rede. Assim, o cliente é beneficiado de várias maneiras, uma vez que além de poder usar a energia da concessionária, pode utilizar a energia elétrica armazenada em sua bateria.

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Placas fotovoltaicas: 10 dicas para escolher o melhor painel solar

As placas fotovoltaicas são as responsáveis por transformar a luz do sol em eletricidade e formam o painel fotovoltaico de um sistema de energia solar residencial ou comercial. Elas representam um dos principais equipamentos dessa tecnologia e são comercializadas em modelos de diferentes tipos, qualidades e preços.

Se você vai instalar energia solar, deve prestar bastante atenção na escolha das placas fotovoltaicas (o termo técnico correto é módulo fotovoltaico) para conseguir obter os melhores resultados com o seu painel solar.             

Entretanto, não é possível determinar a qualidade de uma placa solar apenas olhando o seu preço, pois existem diversas informações que são tão ou mais importantes, como as suas características de geração e operação.

Para isso, você deve analisar a ficha de dados (datasheet) do painel solar, que pode ser solicitada junto com o orçamento do seu projeto.

Pensando nisso, a Luzen Brasil preparou uma lista com as 10 coisas mais importantes que você precisa analisar na hora de escolher as suas placas fotovoltaicas. Confira!

1. Potência das placas fotovoltaicas

A potência elétrica de uma placa solar (módulo fotovoltaico) determina a sua capacidade de geração elétrica e é medida em watts (W). Ou seja, quanto maior a potência da placa fotovoltaica, mais eletricidade ela é capaz de produzir.

Os principais fatores que influenciam na potência de uma placa solar são a quantidade e a qualidade de suas células fotovoltaicas, as quais podem ser fabricadas com diferentes tipos de materiais semicondutores e/ou utilizar tecnologias que aumentam sua eficiência.

Dessa forma, é possível encontrar no mercado diversos modelos de módulos fotovoltaicos com diferentes tecnologias, potências e preços.

Em instalações de energia solar residencial ou comercial, atualmente são utilizadas placas fotovoltaicas de células de silício cristalino com potência entre 340W e 540W.

No entanto, a ficha de dados de um módulo fotovoltaico apresenta diferentes valores de potência que você precisa conhecer para saber o que esperar da geração do seu painel solar. Veja quais são eles:

Potência Máxima (Pmax) em STC

É a potência nominal alcançada pela placa fotovoltaica em Condições Padrão de Teste (Standard Testing Conditions, ou STC, em inglês), modelo adotado mundialmente na rotulagem de módulos solares que torna possível comparar sua qualidade.

Para isso, o STC define valores fixos para as condições físicas e climáticas que influenciam na produção de uma placa solar, as quais são:

  • temperatura da célula = 25°C 
  • irradiação solar = 1000 Watts/m² 
  • massa de Ar = 1.5

A potência máxima em STC é o valor mais utilizado no mercado de energia solar, como quando falam no “tamanho” de um painel fotovoltaico, que é formado pelo conjunto de placas.

Por exemplo, se um site ou vendedor informa que o painel solar é de 2,38 quilowatt-pico (kWp), e ele é composto por 7 módulos, isso significa que cada placa tem uma Pmax em STC de 340Wp (2.380 watts-pico / 7 = 340).

Porém, na maior parte do tempo, as condições do STC não condizem com aquelas de onde a placa vai operar, o que faz com que sua potência real durante o funcionamento seja menor.

Ou seja, mesmo que as placas fotovoltaicas do seu painel solar apresentem uma potência máxima em STC de 300W, por exemplo, esta raramente será alcançada durante seu funcionamento.

Tolerância de potência (Power Output Tolerance)

Para o resultado em STC, a fabricante também informa a tolerância de potência da placa fotovoltaica, que é o intervalo entre os máximos percentuais de ganho e perda que o módulo pode registrar na sua Pmax STC durante o funcionamento.

Ou seja, se você possui uma placa solar com com + 10%/- 10% de tolerância de potência sobre uma Pmax STC de 340W, na verdade, esta poderá atingir entre 306W e 374W.

Hoje, já é muito comum entre as melhores fabricantes uma tolerância de potência negativa de 0%, o que significa que, em condições favoráveis, a placa fotovoltaica sempre trabalhará com uma Pmax STC igual ou superior à especificada no seu datasheet.

Portanto, o ideal é escolher placas fotovoltaicas com essa tolerância negativa nula e com o máximo de tolerância de potência positiva.

Potência Máxima (Pmax) em NOCT/NMOT

As melhores fabricantes de placas fotovoltaicas também informam na ficha de dados do equipamento a sua potência nominal em NOCT ou NMOT, ambas obtidas em testes padronizados que recriam condições de ambiente mais próximas àquelas registradas nos locais de instalação.

Embora de nomenclaturas diferentes, a Pmax NOCT (Nominal Operating Cell Temperature, “Temperatura Nominal de Operação da Célula”) e a Pmax NMOT (Nominal Module Operating Temperature, “Temperatura Nominal de Operação do Módulo”), definem a potência máxima alcançada pela placa fotovoltaica sob as mesmas condições em laboratório, sendo elas:

  • temperatura ambiente = 20°C 
  • irradiância = 800 W/m² 
  • massa de ar = 1.5 
  • velocidade do vento = 1 m/s.

Ou seja, a Pmax NOCT/NOMT é obtida com menos luz do sol e temperaturas mais elevadas da placa fotovoltaica (que costuma ficar 20° C mais quente que a temperatura ambiente), duas condições que afetam a eficiência do módulo e reduzem sua potência em cerca de 25%.

Portanto, na hora de conferir a folha de dados das placas de energia solar fotovoltaica, considere a potência nominal Pmax NOCT/NOMT como a mais próxima daquela que você irá obter com o equipamento no seu telhado.

2. Eficiência da placa fotovoltaica

Quando falamos na eficiência de uma placa fotovoltaica, estamos nos referindo à porcentagem da energia luminosa do sol, em Watts, que ela transforma em energia elétrica utilizável a partir da radiação que atinge a sua superfície, por m². Ou seja, quantos Watts por m2 o módulo gera de energia.

Por exemplo, uma placa solar de 340W e com eficiência de 20%, sob uma irradiância padrão de 1.000W/m², irá gerar 200W de energia elétrica por metro quadrado.

Ou seja, quanto maior a eficiência dos módulos fotovoltaicos, mais energia por metro quadrado eles são capazes de gerar e menor pode ser a quantidade deles necessária para formar o painel solar que você precisa, vantagem especialmente importante para quem não possui muito espaço no telhado.

No entanto, quanto mais eficiente é a placa fotovoltaica, mais caro tende a ser o seu custo. Portanto, se o preço da placa solar é importante para você, vale a pena fazer a conta do custo por watt (R$/W).

Para placas fotovoltaicas de silício cristalino (tecnologia mais comercializada no mundo), a eficiência atual varia entre 19% e 21%, sendo que eficiências acima de 17% já caracterizam um módulo solar fotovoltaico como “premium”.

3. Coeficiente de temperatura dos módulos (placas) fotovoltaicos

Esse dado é especialmente importante para instalações de energia solar no Brasil, pois mostra como a placa de energia solar fotovoltaica irá operar em regiões mais quentes.

O coeficiente de temperatura indica o percentual de Pmax STC que o módulo fotovoltaico irá perder a cada graus Celsius que ele atingir acima da sua temperatura de operação em laboratório, que é de 25°C. As unidades desse coeficiente são expressas em ” % ” por “ °C “.

Como exemplo, vamos considerar uma placa fotovoltaica com Pmax STC de 340W e um coeficiente de temperatura de 0,38% / °C. Supondo que, durante a operação, a placa atinja uma temperatura de 35°C, a sua potência máxima será de 327,08W (340W – 3,8%).

Ou seja, quanto menor esse número, melhor! Pois, em dias muito quentes, isso resulta em menor perda de potência do seu painel solar, e consequentemente, mais produção de energia.

Um coeficiente de temperatura alto é um sinal de que a placa solar é de baixa qualidade. Hoje, as melhores fabricantes oferecem módulos de silício monocristalino com eficiência entre 0,3 e 0,4%. Acima de 0,6% é um sinal de alerta.

4. Tipos de placas solares fotovoltaicas

Existem módulos fotovoltaicos de diferentes tecnologias à venda no mercado, cada um com sua vantagens e desvantagens, incluindo o preço. Hoje, as placas fotovoltaicas mais utilizadas em instalações residenciais e comerciais são as de silício cristalino (monocristalino e policristalino), que apresentam as maiores potências, eficiência e durabilidade.

Na hora de instalar o seu projeto, certifique-se de que você está satisfeito com a tecnologia dos módulos do seu painel solar.      

5. Durabilidade e garantia das placas fotovoltaicas

As placas solares fotovoltaicas são fabricadas para uma longa vida útil de operação e são capazes de gerar energia por mais de 25 anos, embora percam parte de sua eficiência ao longo desse período.

Hoje, as melhores fabricantes oferecem uma garantia de 25 a 30 anos na produção de energia de seus módulos e com perdas anuais de eficiência de apenas 0,5%. Ou seja, ao final da vida útil de geração da sua placa fotovoltaica, ela ainda poderá operar com mais de 80% da sua eficiência original.

Já a garantia contra defeitos pode chegar a 12 anos nas placas solares de melhor qualidade comercializadas atualmente. Nesse ponto, entretanto, é importante pensar em questões sobre a fabricante e a empresa que está comercializando o seu sistema fotovoltaico, como:

  • A fabricante possui representação comercial no Brasil?
  • Qual o suporte oferecido pela empresa instaladora em caso de defeito no equipamento?
  • Será que a fabricante e a empresa instaladora ainda estarão no mercado daqui 10 ou 20 anos?

6. Fabricante do módulo fotovoltaico (placa fotovoltaica)

Existem centenas de fabricantes de placas solares fotovoltaicas no mundo, sendo que as melhores opções de equipamentos disponíveis no Brasil ainda são importadas.

Segundo a pesquisa sobre o mercado fotovoltaico brasileiro feita pela empresa Greener, as fabricantes com maior volume de módulos importados no país no 1° semestre de 2021 foram:

  • Trina 
  • Canadian 
  • LONGi 
  • Risen 
  • Jinko

Um jeito fácil de verificar a qualidade do fabricante das suas placas fotovoltaicas é através de uma busca na internet. Como é o site dele? Existe uma seção de garantias? Ele tem escritório no Brasil? Existe alguma reclamação sobre esse fabricante?

7. Qualidade da “moldura” de alumínio da placa fotovoltaica

Um bom indicador da qualidade de fabricação da placa solar é o seu quadro de alumínio, que serve para prover robustez e integridade ao equipamento. As melhores fabricantes utilizam uma liga de alumínio anodizado como material para os quadros de suas placas solares.

Olhe para os cantos da moldura, eles estão perfeitamente unidos? A moldura foi colada (não é aconselhável), aparafusada ou soldada nos cantos?

Se a aparência é importante para você, então procure uma placa fotovoltaica com moldura anodizada em preto – elas são lindas, mas podem custar mais caro.

8. A camada inferior da placa solar (backsheet)

Os módulos fotovoltaicos (placas fotovoltaicas) tradicionais são fabricados com um filme plástico branco na parte de trás, chamado de Backseet, que serve para proteger as células solares e agir como um isolante elétrico.

Se o backsheet estiver com bolhas de ar ou sinais de descolamento, isso é sinal de uma placa fotovoltaica de baixa qualidade.

9. Diodos bypass do módulo (placa) fotovoltaico

Se o seu módulo fotovoltaico for de silício mono ou policristalino, então os diodos de bypass (ou diodos de passagem) são obrigatórios. Eles servem para evitar a formação de hotspots (pontos quentes), os quais podem danificar permanentemente as células solares da placa e comprometer a produção geral do painel solar.

Normalmente, utiliza-se um diodo de bypass para cada “série” de células fotovoltaicas da placa solar, o qual é colocado na parte de trás do módulo.

Se as placas fotovoltaicas do seu painel solar não possuírem diodos de bypass, qualquer sombra que se formar sobre uma delas, por menor que seja, pode afetar a produção de energia do painel todo.

10. Custo das placas fotovoltaicas            

O cálculo óbvio de se fazer é calcular quantos “Watts” por “R$” você está comprando. Lembre-se, na maioria das vezes, você recebe por aquilo que você paga, portanto, seja cauteloso ao escolher uma placa fotovoltaica apenas pelo preço.

Entretanto, é possível encontrar promoções e alguns fornecedores realmente têm preços de painel solar mais competitivos que outros. Apenas tenha certeza de comparar corretamente, levando em conta os aspectos apresentados nesta lista, como potência, eficiência, garantia etc.

Nota: o custo total de um sistema de energia solar fotovoltaica pode ser substancialmente afetado pela dificuldade da instalação (quanto mais difícil for de instalar, mais caro será a mão de obra e o preço final do projeto).

Quantos watts gera um placa solar fotovoltaica?

A quantidade de energia que uma placa solar fotovoltaica é capaz de gerar está diretamente ligada às suas características técnicas (como potência e eficiência), à sua instalação (direção e ângulo) e a fatores climáticos (nível de irradiação solar, sombreamentos etc.).

Dessa forma, para calcularmos a geração elétrica de um módulo fotovoltaico, precisamos considerar certos valores de referência. Vamos, então, calcular quanta energia gera uma placa solar no Brasil utilizando como exemplo os seguintes valores:

  • Potência Pmax STC da placa fotovoltaica = 340 W
  • Perdas técnicas (aquecimento e sujeira) = 20%
  • Média diária de Irradiância solar útil = 5 horas

A partir desses valores, temos que a quantidade diária de energia gerada pela placa é igual a sua potência, multiplicada pela quantidade de horas de sol e pelo seu rendimento. Isto é:

340 W * 5 horas * 80% = 1.360 Watts-hora ou 1,36 kWh.

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Créditos de energia solar: como funciona a compensação de energia solar?

Possivelmente, você já ouviu falar em créditos de energia solar, mas sabe o que é e como funciona?

O mercado de energia solar brasileiro é regulamentado através do Marco Legal da Geração Distribuída, estabelecido pela Lei 14.300 de 6 de janeiro de 2022. Essa legislação foi mais uma etapa na consolidação das regras do setor, iniciado por meio da criação do sistema de compensação de energia elétrica, por meio da Resolução Normativa n° 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (REN 482/2002 da Aneel).

A REN 482/12 estabeleceu as regras que permitem que o consumidor injete a energia excedente do sistema solar fotovoltaico na rede elétrica e seja compensado pela distribuidora por meio de créditos, gerando economia na conta de luz.

Veja a seguir como funciona a transferência dos créditos de energia solar, além de conferir resumo dos pontos mais importantes a respeito dos créditos de energia solar.

O que são créditos de energia solar e como funcionam?

A geração distribuída começou no Brasil com a publicação da Resolução Normativa 482/2012 (REN 482) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que estabelece o sistema de compensação de energia elétrica. Em 2015, foi publicada a REN 687 que trouxe melhorias regulatórias, como novos limites de potência, prazo de resposta da distribuidora, padronização de solicitação de acesso, ampliação da validade dos créditos e novas modalidades de GD.

Em outubro de 2019, a ANEEL apresentou uma proposta de revisão da REN 482, que foi considerada extremamente desfavorável pelo setor solar, gerando uma movimentação em favor da criação de uma legislação para a Geração Distribuída no País. Essa comoção resultaria na Lei 14300/2022.

A aprovação do Marco Legal não revogou a REN 482. Mas, por se tratar de uma lei, um instrumento hierarquicamente superior a uma resolução normativa, fica revogado qualquer elemento da REN 482 que contrarie as disposições da Lei 14.300.

O principal ponto da Lei 14.300 é a mudança do sistema de compensação de crédito de energia. Ou seja, como será o tratamento dado para o excedente de energia que é injetado na rede da distribuidora e como isso retorna para o cliente em forma de desconto na conta de luz.

De forma simplificada, podemos dizer que a compensação era feita com paridade. Ou seja: 1 crédito injetado equivalia a 1 crédito compensado na conta de luz. Essa situação será mantida até 2046 para projetos conectados até 6 de janeiro de 2023.

Após essa data, os sistemas de energia solar terão que pagar alguns componentes tarifários, a depender das características do sistema. Isso ocorrerá de forma escalonada, dentro de um novo período de transição.

Quem pode fazer parte do sistema de Créditos de Energia Solar

Para você aderir ao sistema de compensação (créditos de energia) você deve ser um “Consumidor Cativo” (Consumidores cativos são todos aqueles que compram a sua energia diretamente da distribuidora).

Em outras palavras, se você compra a sua energia diretamente da distribuidora você PODE instalar um sistema de energia solar fotovoltaica conectado a rede elétrica e se beneficiar do esquema de compensação de créditos criado pela ANEEL. Praticamente todas as residências e comércios neste país compram a sua energia das distribuidoras, portanto, se você é dono de uma casa ou um comércio, você pode instalar o sistema de energia solar e aderir ao sistema de créditos.

Qual é a potência máxima que se pode instalar?

A REN 482/12 definia que sistemas de geração solar distribuída poderiam ter no máximo 5 MW. Porém, a Lei 14.300 reduziu esse limite para 3 MW.

Quais são as isenções da tributação da energia solar fotovoltaica?

ICMS

Em 2015 o CONFAZ (Conselho Nacional da Política Fazendária – Ministério da Fazenda)  através do Ajuste SINIEF 2, revogou o Convênio que orientava a tributação da energia injetada na rede. Cada estado passou a decidir se tributa ou não a energia solar que é injetada na rede da distribuidora.

Atualmente, 23 estados e o Distrito Federal isentam ICMS de sistemas fotovoltaicos de autoconsumo local e remoto de até 1 MW.

Minas Gerais conta com uma lei estadual sobre isenção do ICMS na energia solar, que permite isenção para consumidores com usinas de até 5 MW em qualquer modalidade da geração distribuída.

Em Paraná e Santa Catarina, a isenção é concedida pelo prazo máximo de 48 meses.

Como funciona a compensação de créditos de energia solar por posto e horário?

Se você é um grande consumidor de energia elétrica, você provavelmente paga a energia consumida por “posto horário” (“tarifa de pico” e “fora de pico”). Ou seja, você paga mais para consumir energia no horário de pico.

Neste caso, os “créditos de energia”  são compensados de acordo com uma fórmula simples:

Ex: Se você paga 5 vezes mais pela energia consumida no horário de pico, você precisa gerar 5 vezes mais créditos fora de pico.

Ex: Tarifa fora de pico R$ 0,2 /kWh Tarifa no horário de pico 5 vezes maior = R$ 1 /kWh

Para compensar 100 kWh consumidos no horário de pico você precisa gerar 500kWh no horário fora de pico.

NOTA: se você é um grande consumidor de energia, o Portal Solar sugere que você negocie com a sua distribuidora para voltar a ter uma tarifação única para todos horários ou, pedir para que a empresa que for instalar o seu sistema de energia solar fotovoltaico calcule o tamanho (potência) dele para que não gere mais energia que a sua demanda. Desta forma você reduzirá o seu consumo.

Seja qual for a sua situação de consumidor de energia, a empresa que for instalar o seu sistema de energia solar fotovoltaica vai saber qual é a melhor opção para você.

Qual o limite de potência com relação à demanda contratada?

No caso de grandes consumidores de energia elétrica, como indústrias (ou seja, isto não se aplica a residências e a maioria dos comércios), a resolução 482/12 da ANEEL estabelece que o sistema de energia solar fotovoltaica não pode ter uma potência maior que a demanda contratada. Ou seja se você é uma indústria e possui uma demanda de 800kW, o seu gerador de energia solar não pode ser maior que 800kWp.

Qual é a validade dos créditos de Energia Solar?

A energia gerada a mais pelo sistema de energia fotovoltaica, que é injetada na rede da distribuidora, será “emprestada” para a distribuidora criando assim um “crédito” de energia para você. Este crédito de energia tem uma validade de 60 meses.

Como funciona a compensação de energia solar?

Os montantes de energia produzida em excesso e injetada, que não forem compensados no local que produziu, poderão ser utilizados para compensar o consumo de outras locais, desde que cadastrados para esse fim e atendidos pela mesma distribuidora de energia, cujo titular seja o mesmo, tanto para pessoas físicas como para empresas.

O consumidor deverá definir a ordem de prioridade das unidades consumidoras participantes do sistema de compensação de energia elétrica, sendo que a primeira é onde está instalado o sistema de geração.

Como é feita a medição de energia?

Os custos referentes à instalação do novo relógio de luz (relógio bidirecional que mede o que você consumiu da rede e o que você gerou em excesso e injetou na rede), necessário para o esquema de compensação de energia, são de responsabilidade do interessado (Ou seja você paga pelo novo relógio de luz, que custa em torno de R$400,00).

Após a adequação do sistema de medição, a distribuidora será responsável pela sua operação e manutenção, incluindo os custos de eventual substituição ou adequação.

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Energia solar para empresas: Todas as Informações

Empresários e gestores têm que lidar com centenas de variáveis diariamente. Seu papel, afinal, é garantir que a operação de uma companhia esteja crescendo de maneira satisfatória e aumentando a sua rentabilidade. 

Uma das maneiras mais populares de se aumentar lucros é reduzir custos de operação. E, nesse sentido, a conta de luz pode ser um dos pontos de economia para uma empresa. 

Utilizando-se energia solar, empresas podem não só cortar custos operacionais, mas também garantir um funcionamento mais sustentável. Quer entender melhor todas as soluções que a energia fotovoltaica pode oferecer às empresas? Acompanhe este artigo.

O que é energia solar para empresas?

A energia solar para empresas consiste na instalação de um sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica limpa e segura. Toda energia produzida pelo sistema poderá ser usada nas operações cotidianas da companhia, representando uma significativa economia na conta de luz. 

A instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica para empresas é muito semelhante àquela que podemos observar em residências. A grande diferença está na escala do sistema: operações empresariais requerem mais painéis solares.

Como funciona a energia solar empresarial?

Um sistema fotovoltaico voltado para a atividade empresarial funciona da mesma maneira que qualquer outro, ou seja, captando a luz solar e convertendo-a em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico. Depois, a energia é adaptada, de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). 

Existem particularidades de funcionamento que mudam de acordo com o tipo de sistema fotovoltaico escolhido. Por exemplo, os sistemas off grid, on grid ou híbridos. Explicaremos melhor no próximo tópico.

Tipos de energia solar para empresas

Assim como as residências, empresas também podem escolher qual o tipo de sistema fotovoltaico de geração de energia mais se adequa às necessidades de suas operações. 

Existem três principais tipos de sistema que apresentam diferenças fundamentais entre eles. Entenda melhor abaixo.

On-grid

São os sistemas conectados à rede de distribuição pública. Eles são os mais populares porque aliam a comodidade do acesso à rede com a economia da geração de energia independente. 

Os sistemas on grid funcionam em paralelo à rede elétrica e permitem que o estabelecimento use energia fornecida pela distribuidora durante a noite ou em dias chuvosos e nublados.

Além disso, esse sistema possui mais uma vantagem interessante: toda energia excedente produzida pelo sistema fotovoltaico torna-se créditos, que têm validade de até cinco anos. 

Esses créditos abatem o valor da conta de luz referente à energia consumida da rede. A regulamentação dos créditos de energia está na Resolução Normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece as regras do sistema de compensação de energia.

A utilização dos créditos não está limitada apenas à sua localidade de produção. Outras modalidades de geração distribuída, criadas pela Aneel em 2015, permitem que diferentes unidades possam usá-los, desde que estejam dentro do raio de cobertura da rede e tenham a mesma titularidade. 

No caso de empresas, isso quer dizer que diferentes filiais poderão usar os créditos de energia solar – incluindo aquelas que não produzem a energia fotovoltaica! Essa possibilidade existe na modalidade de geração compartilhada.

Off-grid

Enquanto isso, o sistema off grid funciona de maneira oposta ao on grid, ou seja, sem a conexão com a rede de distribuição de energia.

Sistemas como esse utilizam baterias para armazenar a energia que não é usada, garantindo o abastecimento mesmo durante a noite, períodos de chuva ou baixa luminosidade.

Essa é uma solução especialmente útil para empresas que enfrentam problemas com o abastecimento de energia ou têm operações em lugares remotos. Os sistemas off grid são completamente independentes da rede de distribuição, maximizando a economia.

Híbrido

Os sistemas híbridos unem o melhor dos dois mundos, utilizando baterias e conexão com a rede de distribuição para maximizar resultados.

Um sistema fotovoltaico híbrido pode proteger as operações da empresa contra quedas de energia e flutuações no serviço da rede de distribuição durante a noite, garantindo que a produção continuará em pleno funcionamento. 

Sistemas como esse também são capazes de aumentar a economia na conta de luz, pois permitem utilizar a energia armazenada durante as horas de ponta, quando a energia da rede é mais cara.

No entanto, infelizmente, o uso de baterias em conjunto com a rede elétrica ainda não foi homologado pela Aneel, o que impede esse tipo de instalação no Brasil.

Vantagens da energia solar para empresas

A energia solar para empresas oferece diversas vantagens: economia nas contas de luz – que costumam ter valores elevados –, rápido retorno sobre o investimento, fácil instalação dos equipamentos e sustentabilidade com energia limpa.

Conheça as maiores vantagens da energia solar para empresas:

Proteção energética

Empresas precisam avaliar diversas variáveis para que seu lucro seja garantido. A flutuação do valor da energia elétrica é, de longe, um dos itens que mais sofrem variação. 

De 2002 a 2010, por exemplo, o custo da energia elétrica subiu 186%. De 2010 a 2014, foram mais 30% de acréscimo. Com a baixa nos níveis das hidrelétricas e a implementação de bandeiras tarifárias, não há sinais de que o custo será barateado. 

Novas bandeiras tarifárias são criadas para conter a crise hídrica, o que onera ainda mais o bolso do consumidor. Mais recentemente, foi implementada a Bandeira Escassez Hídrica, com o maior custo por kWh dos últimos tempos.

Por isso, a energia solar oferece uma vantagem de proteção contra essas tarifas, garantindo que os custos serão reduzidos. Com a energia solar empresarial, a organização não fica refém do aumento inflacionário e governamental das tarifas de luz, pois o seu sistema fotovoltaico gera a própria energia e reduz até 95% do valor da conta de luz.

Redução de custo

O setor empresarial é um dos que mais gasta com as tarifas de conta de luz. Esse gasto acaba aumentando os custos fixos da empresa e reduz a proporção de investimentos no negócio. Para ajudar a resolver esse problema, é recomendável instalar um sistema fotovoltaico para que a empresa produza a energia e não dependa exclusivamente das concessionárias.

A redução de custos ocorre independentemente do tipo de sistema. No sistema on grid, as empresas ganham ao compensar seus créditos de energia. Já no sistema off grid, as empresas reduzem os custos ao utilizar a energia solar e armazená-la em baterias para uso posterior.

Por fim, a redução dos custos pode ser aproveitada nos sistemas híbridos, que reúnem características dos outros modelos mencionados. 

Dependendo da escolha da empresa, a economia pode chegar a 100% do gasto, sendo necessário, em alguns casos, apenas pagar a taxa mínima de luz.

Retorno de investimento

O retorno de investimento (ou payback) de um sistema solar fotovoltaico é um dos fatores que mais chamam a atenção das empresas.

Em média, o retorno do valor investido é de 5 a 6 anos. Se considerarmos o constante aumento do custo da energia elétrica, a crise hídrica, as bandeiras tarifárias que podem ser criadas e a utilização cada vez maior das termelétricas, esse payback pode ser reduzido.

Além disso, considerando que um sistema instalado de forma correta e que recebe a devida manutenção tem uma vida útil de mais ou menos 25 anos, o tempo do retorno de investimento passa a ser ainda mais vantajoso para as empresas.

Energia verde

A energia solar fotovoltaica é totalmente sustentável! A “matéria-prima” desse tipo de solução é a luz do sol. Como sabemos, ela é uma fonte renovável e inesgotável de energia, o que faz com que a energia solar seja especialmente segura nesse sentido.

A descarbonização também é favorecida pela utilização da energia solar pelas empresas. A energia gerada a partir da luz solar não emite o gás carbônico (dióxido de carbono), ajudando, assim, na redução do efeito estufa.

Outros tipos de fontes de energia limpa também entregam o resultado da redução da emissão de dióxido de carbono. Porém, a grande vantagem da energia solar no Brasil é que estamos em uma posição geográfica favorável para o recebimento de uma grande incidência solar.

Melhoria da imagem da empresa

Em uma pesquisa realizada pela agência Union + Webster, foi constatado que as pessoas preferem comprar produtos e serviços de empresas que atuam com práticas sustentáveis.

O percentual dos entrevistados que afirmou essa colocação foi de 87%. Ao mesmo tempo, cerca de 70% dos participantes afirmaram que não se importariam de pagar um pouco mais se a empresa for sustentável.

Dessa forma, as empresas que tiverem uma política de proteção ao meio ambiente, com o uso da energia solar fotovoltaica, por exemplo, se destacam no mercado. Elas podem desenvolver o chamado “marketing do bem”, atraindo mais clientes e investidores para o negócio.

Entre as demais vantagens da energia solar para empresas, podemos destacar: 

  • proteção contra as flutuações no abastecimento de energia;
  • estabilidade no fluxo de caixa;
  • durabilidade do sistema.

Quanto custa a energia solar empresarial?

O avanço tecnológico e a popularização dos sistemas fotovoltaicos são fatores que contribuíram para o barateamento de custos da tecnologia. Existem também linhas de financiamento que tornam a aquisição do sistema mais acessível. 

Para calcular o verdadeiro custo da instalação de um sistema fotovoltaico, é necessário levar em consideração fatores como a média mensal de consumo, a incidência de luminosidade da área da instalação ou se existem períodos de sombra sobre a superfície. 

Estima-se que o investimento necessário para instalação de painéis fotovoltaicos em empresas varia de R$ 50 mil a R$ 5 milhões. Essa quantia é diretamente influenciada pelo consumo médio do estabelecimento.

Utilização da energia solar na empresa

A aplicação de energia fotovoltaica dentro das operações de uma empresa é bastante ampla e pode servir companhias de diferentes segmentos do mercado – desde os grandes parques industriais até os pequenos e médios negócios.

A eletricidade gerada pelos sistemas poderá ser usada no abastecimento das atividades de escritórios, no funcionamento de maquinário e em todas atividades que envolvem o consumo de energia elétrica.

Como instalar energia solar empresarial?

O primeiro passo para instalar energia solar em sua empresa é procurar por uma empresa instaladora especializada e reconhecida no mercado, somente assim você garante um projeto seguro, eficiente e que traga o retorno financeiro esperado durante a vida útil dos equipamentos.

Nessa hora, a equipe comercial irá averiguar todas as informações necessárias para pré-dimensionar e precificar o seu gerador solar empresarial, como a média anual do consumo elétrico da sua empresa e os dados de níveis de radiação solar no local onde ela está instalada. 

Depois de fechado o negócio, uma equipe especializada irá até a sua empresa realizar a visita técnica para coleta das informações que serão utilizadas para realização do projeto, como as condições do telhado para implementação dos painéis solares e possíveis sombreamentos, escolha do local para instalação do inversor solar e outros dados.

Ao concluir o projeto técnico, a empresa dá início ao processo de solicitação de acesso à rede junto à distribuidora da sua região. Depois, é feita a entrega dos equipamentos e instalação do sistema em data previamente agendada.

Por fim, cabe à equipe da distribuidora realizar a vistoria da instalação, troca do medidor de energia pelo modelo bidirecional e conexão do sistema à rede elétrica, permitindo que sua empresa adentre o sistema de compensação de energia e comece a gerar créditos.

Uma dica é ler bastante e se informar sobre a tecnologia fotovoltaica, assim você consegue alinhar suas expectativas com os benefícios reais que a energia solar pode trazer a sua empresa.

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Microgeração de Energia Solar

A microgeração de energia solar o sistema fotovoltaico tem uma potência de até 100kW e na Minigeração de energia solar o sistema fotovoltaico possui uma potência entre 100 e 1000kW. Leia mais aqui sobre micro e mini-geração.

O que é microgeração de energia?

A Microgeração de Energia Distribuída é caracterizada por uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize fontes de energia solar, como a energia solar fotovoltaica, conforme regulamentação 482/12 da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Ou seja, a microgeração de energia solar é todo e qualquer sistema de energia solar fotovoltaica conectado à rede que seja menor que 75kWp.

O que é minigeração de energia?

A Minigeração de Energia Solar é uma central geradora de energia solar fotovoltaica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW.

Minigeração e microgeração: qual é a diferença?

Na microgeração de energia solar o sistema fotovoltaico tem uma potência de até 75kW e na Minigeração de energia solar o sistema fotovoltaico possui uma potência entre 76 e 5MW.

Microgeração de Energia Solar no Brasil

A Microgeração de energia solar no Brasil ainda é um conceito novo. A regulamentação da ANEEL foi aprovada no fim de 2012 porém ainda existiam diversos entraves que atrapalharam o crescimento desta forma de se gerar energia no ponto de consumo (Ex: produzir a sua energia elétrica com uma placa fotovoltaica no telhado de sua residência). Em 2015 diversos desses entraves foram removidos e o setor de microgeração no Brasil começa a ter um crescimento exponencial com centenas de sistemas fotovoltaicos sendo instalados no Brasil todo.

Minigeração de Energia Solar

Como Funciona a Microgeração de Energia Solar Residencial

Painel Solar – Produz energia elétrica com a luz do Sol

  1. Inversor Fotovoltaico Grid Tie – Transforma a energia dos painéis solares em energia perfeita para ser consumida na sua casa.
  2. Quadro de Luz – O sistema fotovoltaico é conectado no seu quadro de distribuição de energia e assim irá suprir energia para tudo o que estiver conectado na tomada.
  3. Consumo – A energia solar produzida pelo seu sistema fotovoltaico é consumida pelos aparelhos elétricos como geladeira, micro-ondas, ar-condicionado etc.
  4. Créditos de Energia – Caso você algum dia produza mais energia do que está consumindo (como em um final de semana que você vai viajar e não está em casa consumindo energia), a energia gerada em excesso pelo seu sistema fotovoltaico vai para a rede de energia da distribuidora e lhe gera um crédito de energia para ser utilizado em algum outro dia que você produza menos energia do está consumindo.

Sistema de Compensação de Créditos de Energia

A Resolução Normativa da ANEEL nº 482, de abril de 2012, representou um grande avanço para a regulamentação da micro e minigeração de energia no país pois ela permite a conversão do excedente de energia gerado pelo sistema fotovoltaico em créditos de energia para serem utilizados posteriormente.

A compensação é realizada a partir da energia excedente injetada pelo micro ou minigerador na rede da distribuidora de energia, a qual gera créditos de energia equivalentes para serem consumidos em um período de até 36 meses. Ainda, de acordo com o art. 2º, é possível que o crédito gerado seja utilizado por outra unidade consumidora, desde que esta esteja relacionada ao mesmo CPF (Cadastro de pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro de Pessoa Jurídica) da unidade consumidora responsável pela geração dos créditos. Em outras palavras, a energia que você gera em excesso, por exemplo na hora do almoço quando tem muito sol, é “jogada” para rede elétrica da distribuidora lhe gerando créditos em kWh para serem abatidos do seu consumo noturno ou em dias chuvosos.

Onde encontrar as normas e regulamentos sobre o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?

A regulamentação do tema pela ANEEL, engloba a  Resolução n° 482/2012 e a Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST. Além disso, as distribuidoras têm normas técnicas que podem ser obtidas em seus sites ou junto às agências de atendimento. Em caso de dúvidas, você deve procurar a sua distribuidora local.

Qual é a ordem a ser obedecida para a compensação dos créditos de energia ativa no sistema de compensação de energia?

O sistema de compensação de energia tem seu modo de faturamento estabelecido no art. 7º da Resolução Normativa nº 482/2012, que determina a seguinte utilização:

  1. A energia ativa gerada em determinado posto horário deve ser utilizada para compensar a energia ativa consumida nesse mesmo período.
  2. Havendo excedente, os créditos de energia ativa devem ser utilizados para compensar o consumo em outro posto horário, na mesma unidade consumidora e no mesmo ciclo de faturamento.
  3. Restando créditos, o excedente deve ser utilizado para abater o consumo de energia ativa em outra unidade consumidora escolhida pelo consumidor, no mesmo posto horário em que a energia foi gerada e no mesmo ciclo de faturamento.
  4. O eventual excedente após aplicação do item anterior deve ser utilizado para abater o consumo da unidade consumidora escolhida pelo consumidor e referenciada no item 3, no mesmo ciclo de faturamento, mas em outro posto horário.
  5. Caso ainda haja excedente, o processo descrito nos itens 3 e 4 deve ser repetido para as demais unidades consumidoras cadastradas previamente pelo consumidor, obedecida a ordem de prioridade escolhida por ele.
  6. Após aplicação do item 5, até o esgotamento das unidades consumidoras cadastradas, caso ainda existam créditos de energia ativa, o procedimento descrito nos itens 1 a 5 deve ser repetido nessa ordem para os ciclos de faturamento posteriores, obedecido o limite de 36 meses de validade dos créditos.

Benefícios da micro e minigeração distribuída de energia solar

Existem diversos benefícios financeiros e de sustentabilidade em se utilizar o conceito da micro e minigeração distribuída, alguns deles são:

Sustentabilidade:

Os Painéis fotovoltaicos são 99% recicláveis e produzem energia elétrica por mais de 40 anos sem poluir ou contribuir de qualquer forma com o aquecimento global. Desta forma a energia solar é uma das fontes mais limpas, renováveis e abundante de energia do mundo!

Eficiência:

A micro e mini geração distribuída que é basicamente produzir a energia no seu ponto de consumo, como por exemplo no telhado de sua casa ou empresa, é a forma mais inteligente de se expandir a matriz energética Brasileira pelo simples fato de que você gera a energia no mesmo local em que consome ela, desta forma não existe a necessidade de se construir linhas de transmissão gigantes ou inundar mais rios para gerar mais energia. Basta você usar o seu telhado!

Economia

A economia gerada ao longo da vida útil de um sistema de microgeração de energia solar é enorme. Exemplo: – Uma casa que tem uma conta de luz de R$ 500/mês precisará investir aproximadamente R$30.000,00 para reduzir em 90% a sua conta de Luz para os próximos 30 anos. Ou Seja, com um investimento equivalente a de um carro usado você terá uma economia de mais de R$160.000,00 ao longo da vida útil dele.

Valorização do Imóvel

Você prefere alugar um galpão/comprar uma casa que produza 90% da energia que se consome no local ou, investir em um imóvel que você tenha que se preocupar com a conta de luz?! Simples assim, invista na solução de energia solar fotovoltaica e a sua propriedade irá se valorizar. Quem não prefere comprar ou alugar um local onde não é necessário se preocupar com a conta de Luz?

Simplicidade

Embora a primeira vista um gerador de energia solar pareça de uma complexidade gigantesca, ele na verdade é mais simples e fácil do que instalar um aquecedor solar. A grande ciência e tecnologia está no desenvolvimento dos equipamentos. Não entenda errado! É simples instalar energia solar, porém a instalação deve ser feita por uma empresa qualificada com um engenheiro ou eletrotécnico experiente se responsabilizado pelo sistema.

Segurança e Previsibilidade

As tarifas de energia elétrica são tudo menos previsíveis. Isso acontece devido a um péssimo planejamento do setor elétrico brasileiro e as constantes intervenções desastradas do Governo. Exemplo: a redução da tarifa de energia em 2012, com intuito de favorecer uma campanha política se provou em 2015 um desastre completo.

Microgeração de energia solar em áreas rurais

Os microgeradores de energia solar também podem ser usados de uma forma independente da rede elétrica, ou seja, como um sistema isolado. Para isso é necessário um banco de baterias e controlador de carga, além do Inversor Fotovoltaico Grid Tie e da placa solar. Eles são mais caros que os convencionais – conectados à rede, principalmente, devido ao uso de baterias, mas são uma excelente solução onde não existe acesso à rede elétrica ou onde quedas de energia são constantes.

Microgeração de energia para recarregar veículos elétricos

Outra excelente forma de se utilizar esta fonte limpa e abundante de energia elétrica é utilizando para recarregar veículos elétricos. Muitas empresas já estão adotando o conceito de cobertura de estacionamentos com placas fotovoltaicas e utilizando esses para recarregar a bateria dos carros elétricos. Esta é uma excelente forma de fornecer sombra e energia para o seu carro elétrico.

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Taxação do Sol: o que é e como funciona?

A taxação do Sol é um assunto que trouxe muita polêmica ao setor nos últimos anos. Esse debate, iniciado pela revisão das regras de compensação da geração distribuída (GD), levou a aprovação da Lei 14.300, que criou um marco legal para o segmento.

Esse cenário ainda causa muitas dúvidas para consumidores e empresários do setor. Afinal de contas, o Sol será taxado? O investimento em energia solar seguirá vantajoso no Brasil? Como serão as novas regras e de que forma a modalidade será tarifada no País?   

Para entender todos esses pontos por trás da história da taxação da energia solar e desfazer qualquer confusão sobre o tema, confira este artigo e compreenda toda a verdade sobre o assunto.

O que é a taxação do Sol?

Primeiramente, é importante entender como funciona a geração de energia solar no país. As instalações de energia solar pelos consumidores podem se enquadrar em duas categorias: micro ou minigeração.

Em geral, o consumidor instala um sistema fotovoltaico, gera e consome a própria energia, podendo ser uma unidade residencial ou empresarial, e o excedente é cedido à distribuidora de energia da região.

A cada mês, a distribuidora contabiliza a quantidade de energia que foi injetada e devolve em forma de créditos de energia solar o que pode reduzi-la em até 95%. Se houver excedente de créditos, é possível abater o consumo de outros imóveis ou mantê-lo válido por até 5 anos.

Dessa forma, o que muitos estão chamando de taxação do Sol seria a cobrança pelo uso da rede de distribuição, onde a energia solar excedente gerada pelo consumidor é injetada. Sendo assim, a tarifa não é pela energia em si, mas tem a finalidade de custear a manutenção do sistema de fios que permitem a distribuição dessa energia.

É errôneo falar em taxa, pois não haverá um imposto ou tarifa para o consumidor que possui um sistema fotovoltaico. O que ocorrerá é um desconto sobre os créditos de energia compensados na conta de luz.

Qual a relação entre a Resoluções 482 e 687 da Aneel com a taxação do Sol?

A primeira resolução da Aneel, Resolução Normativa (RN) n.º 482 de 2012, permitiu o início da atividade de geração de energia fotovoltaica. A partir dela, o consumidor que possui vontade de gerar a própria energia pode realizar e ainda injetar o excedente na distribuidora, recebendo créditos energéticos em troca.

Essa iniciativa teve base em algumas necessidades da época, sendo muitas ainda atuais, como:

  • consciência socioambiental;
  • diminuição da poluição ambiental;
  • adiamento de necessidade de investimento para expansão de transmissão e distribuição no país;
  • redução do carregamento das redes;
  • minimização de perdas;
  • diversidade da matriz energética.

Depois, a Resolução n.º 685 da Aneel entrou em vigor no ano de 2015 e fez uma revisão na regulamentação anterior. Antes, o consumidor podia gerar a própria energia e utilizar em casa ou na empresa, porém a instalação era no próprio local.

Com a nova resolução, passou a ser possível a geração compartilhada, bem como o uso de energia solar em local diferente daquele em que foi gerada, chamado de autoconsumo remoto.

É o caso, por exemplo, de empresas e comércios que não possuem espaço físico para instalar o sistema. Assim, o sistema funciona em outro local, e a distribuidora fornece os créditos para a unidade desejada, desde que seja na mesma região de distribuição.

Outra adição foi a geração em empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, como no caso de condomínios, que podem gerar a própria energia e distribuir entre os moradores e as áreas comuns. Porém, nenhuma das duas resoluções prevê a taxação de energia solar. Para entender melhor, continue o texto e saiba a história da taxação do Sol.

Como surgiu a taxação do Sol?

Mais ou menos 10 anos atrás, quando a Aneel emitiu a primeira RN que possibilitou a implementação da geração de energia solar no Brasil, o cenário era um pouco diferente do atual.

Naquele momento, esse tipo de energia ainda era pouco utilizado e havia grande interesse em incentivar os consumidores a adotarem a geração de energia renovável por meio do sistema fotovoltaico.

O motivo acima mencionado é um dos vários que culminaram na isenção de taxa, pois, assim, o custo seria mais barato e convidativo para o consumidor. Além disso, também era preciso avançar na expansão de energia solar para suprir as necessidades que foram citadas anteriormente.

Porém, com o passar dos anos, os objetivos foram sendo alcançados, pelo menos parcialmente. Com isso, a necessidade de incentivo, que justificava a isenção de taxa, diminuiu, sendo um dos primeiros pontos que motivaram o PL da taxação do Sol.

Outra questão levantada é o fato de que a isenção da taxa acaba prejudicando o consumidor que não se beneficia da energia solar. Como os custos pelo uso dos fios de distribuição são pagos pelos consumidores que utilizam a energia vinda da distribuidora, eles acabam cobrindo toda essa conta.

Com isso, acaba ocorrendo uma oneração injusta com as pessoas menos favorecidas, que também arcam com um custo que não é dividido com os distribuidores de energia solar.

Projeto de lei do novo marco legal da geração distribuídPL 5829 é conhecido como o novo marco legal da geração distribuída (GD) porque estabeleceu novas regras e regulamentações sobre a geração de energia solar no país e, principalmente, garantiu um período de transição com o mantimento das regras atuais.

Em 06 de janeiro de 2022, após dois anos de tramitação na Câmara e no Senado, o PL 5829 foi sancionado pela presidência e convertido na Lei 14.300. 

Em consequência disso, o debate que existe em razão da isenção e dos incentivos criados pelas resoluções da Aneel, que podem onerar outros consumidores e pessoas de baixa renda, chegou ao fim.

O texto do projeto é do deputado Silas Câmara e tem diversos objetivos, que serão detalhados mais abaixo. A intenção do texto é servir como um novo marco regulatório para orientar esse mercado que vem em grande expansão na última década.

Com o texto, os dois lados da discussão encontram-se satisfeitos. Ao mesmo tempo que os subsídios foram retirados, isso não será feito de uma hora para outra. Ou seja, o PL estabeleceu regras para a transição, evitando afetar imediatamente quem já possui o sistema instalado e não paga taxas pelo uso da fiação de distribuição.

Com o PL 5929, agora Lei 14300, foram implementadas regras de transição do atual regime para o novo. No novo regime, a principal questão existente é a taxação do Sol, que, apesar de ter esse nome, não é uma taxa sobre a energia em si, mas sobre o uso dos fios distribuidores.

Na prática, o que passará a acontecer para quem adentrar nas novas regras é a cobrança pelo custo do fio b na precificação do excedente de energia concedido à distribuidora, o que irá diminuir o valor dos créditos, mas sem grande impacto no retorno financeiro da tecnologia. 

Regras da transição: como cada consumidor gerador de energia solar precisa usar os cabos de energia da distribuidora da região, terá que existir o pagamento da taxa para a manutenção desses fios, o que hoje ainda não acontece.

Porém, isso não será feito imediatamente após a publicação da lei, mas, sim, de acordo com os períodos de transição definidos, os quais diferem para quem já possuía o sistema antes da nova lei e para os que instalarem após a sua publicação – a depender dos prazos.

Nesse sentido, para quem já é gerador de energia solar, o regime atual sem taxação será mantido até o dia 31 de dezembro de 2045, assim como para quem fizer o protocolo de solicitação de acesso até 12 meses após a publicação da nova lei.

Para quem passar a utilizar o sistema de energia solar entre 13 e 18 meses depois da lei publicada, a transição ocorrerá no dia 31 de dezembro de 2030. Por fim, para aqueles que aderirem à energia solar depois desse prazo, a redução dos incentivos vale a partir de 31 de dezembro de 2028.

Regras da tarifa: os valores das taxas vão depender do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e da Aneel, que são os responsáveis pela valoração dos custos e dos benefícios da geração distribuída. A partir da publicação da lei, o CNPE tem até 6 meses para estipular as diretrizes; e a Aneel, até 18 meses para apresentar os cálculos dos custos.

Os microgeradores distribuídos (ou seja, menores ou iguais a 75 kW) de qualquer fonte terão 120 dias para iniciar a injeção de energia na distribuidora após a autorização de instalar o sistema de GD.

Os minigeradores solares (75 kW a 3 MW) terão 12 meses, e os minigeradores das outras fontes (75 kW a 5 MW) terão 30 meses.

Fiel cumprimento: os projetos com potência entre 500 kW e 1000 kW terão que apresentar uma garantia de fiel cumprimento no valor de 2,5% do projeto. Para os com mais de 1000 kW de potência, o valor é 5%. Essa medida tem como objetivo evitar a venda e especulação de pareceres de acesso.

Presidente da República sanciona marco legal

A penúltima etapa para uma lei ser publicada é a sanção do Presidente da República, o que acontece depois de passar pela Câmara de Deputados e Senado Federal. Em 6 de janeiro de 2022, o PL 5829 foi sancionado e transformado na Lei 14.300.

O texto foi vetado pelo presidente em duas partes. O primeiro veto foi em relação ao parágrafo que não incluía as unidades flutuantes de geração solar em uma restrição para dividir centrais geradoras em unidades de menor porte para se enquadrarem em limites de potência de micro ou mini distribuição.

Já o segundo veto foi referente ao artigo que dava a definição de minigeração de distribuição como sendo projetos de infraestrutura para que se enquadrassem em programas de incentivo e crédito. Em julho de 2022, ambos os vetos foram rejeitados pelo Congresso Nacional e a lei foi republicado integralmente em agosto.

O Marco Legal da Geração Distribuída estabeleceu uma regra de transição para quem já possuia um sistema fotovoltaico ou solicitou conexão até 6 de janeiro de 2023. Nesses casos, o consumidor manteve o regramento anterior a Lei 14.300 até 2045.

Após essa data, os consumidores terão que pagar alguns componentes tarifários, a depender das características do sistema. Isso ocorrerá de forma escalonada, dentro de um novo período de transição.

O novo cenário pode trazer insegurança em quem quer adquirir um sistema fotovoltaico para economizar no consumo de energia. Mas não há motivo para isso. A energia solar segue uma opção extremamente vantajosa para economizar com a conta de energia, se projeger de aumentos tarifários e valorizar seu imóvel.

Conheça todas as vantagens da energia solar e entenda por que ela pode ser a melhor opção para você.

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Microinversor ou inversor string: qual é a melhor escolha para o projeto solar?

Especialista aponta que, apesar do funcionamento similar, cada um tem a sua aplicação

O microinversor solar e o inversor string são tipos de inversores de energia solar disponíveis no mercado solar fotovoltaico. Ambos são indicados para uso comercial, residencial e industrial. Apesar dos aparelhos possuírem funcionamento similar dentro de um projeto de geração de energia, cada um tem suas características específicas.

O que é microinversor?

O microinversor solar é simplesmente um inversor grid tie miniaturizado, dimensionado para placas de energia solar individuais em vez de uma série de painéis solares. Ou seja, enquanto o inversor solar é ligado a um conjunto de painéis solares, o microinversor se conecta diretamente a uma única placa de energia solar.

O principal aspecto do microinversor consiste no fato de que ele é menor do que o inversor string. Além disso, ele pode ser instalado atrás do painel solar sem que sejam necessárias obras de infraestrutura, como abrigos separados voltados para os equipamentos.

O microinversor desempenha as mesmas funções que o tradicional inversor solar: transformar a energia elétrica produzida pelos painéis solares de corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA) e sincronizar o sistema fotovoltaico com a rede elétrica da propriedade de uma forma segura e confiável.  

O que é inversor string?

Também usado para converter a corrente contínua (CC) do painel em corrente alternada (CA), o inversor string se difere por ser maior e sustentar potências maiores em somente um equipamento.

Ele tem essa característica pois sua aplicação normalmente busca atender uma série de paineis (string). 

Qual o melhor: microinversor ou inversor string?

Raphael Pintão, sócio fundador da NeoSolar, aponta que o inversor string, mesmo que seja mais conhecido, não é adequado para todos os tipos de instalação. Em empreendimentos que adotam essa tecnologia, a geração de energia pode ser reduzida por qualquer problema com um dos painéis solares, o que poderá afetar todo o sistema.

“Se você tiver problemas de sombreamento por conta de árvores ou outros objetos como chaminés, os microinversores seriam os melhores”, detalha.

O momento de realizar a expansão do projeto caracteriza um dos benefícios do microinversor, uma vez que basta obter as placas fotovoltaicas e ir adicionando ao sistema.

Já em relação ao inversor string, é preciso trocar o equipamento por uma potência maior, além de avaliar a expansão com antecedência, de forma a dimensionar o arranjo do empreendimento fotovoltaico de maneira pontual.

Em questão de segurança, o microinversor pode interromper a corrente elétrica quando ocorrem incidentes, reduzindo o risco de incêndios ou choques elétricos. Já o inversor string, por funcionar em alta tensão, pode manter a transmissão da energia elétrica.

O microinversor pode alcançar um tempo de vida útil de até 30 anos, ao passo que o inversor string costuma operar entre 10 a 15 anos.

É fundamental ressaltar que essas particularidades variam conforme o fabricante. Assim, recomenda-se a avaliação de um especialista para descobrir qual a opção ideal para cada projeto.

Vantagens do microinversor

Alta tensão em corrente contínua (CC)

Tradicionalmente, os sistemas que usam o inversor grid tie central precisam de uma alta tensão para funcionar bem, variando de 300 V até 800 V. O microinversor grid tie trabalha com 110 V ou 240 V, dessa forma, apresenta um risco menor para o instalador.

Produção de energia individual

Quando os painéis solares são conectados em série, a sombra em apenas um deles pode afetar drasticamente toda a matriz de painéis, reduzindo bastante a energia produzida por todo o sistema fotovoltaico.

Como exemplo: uma matriz de 6 painéis solares ligados em série a um inversor convencional. Um dos painéis está com bastante cocô de passarinho, o que pode facilmente reduzir a sua produção de energia em 30%.

Como todos os painéis estão conectados em série, automaticamente a produção de todos os painéis é reduzida em 30%, por consequência a geração do sistema é diretamente afetada devido a apenas um painel solar sujo.

Incompatibilidade entre os painéis solares

Painéis solares de marcas e modelos diferentes possuem diferentes características elétricas. Quando conectamos painéis solares diferentes em série, criamos uma “incompatibilidade”, e todo o sistema fotovoltaico é “nivelado” pelo painel solar que produz menos energia. Ou seja, se você conectar em série 5 painéis solares de 260 Watts e 1 painel de 250 Watts, todos irão nivelar-se pelo de 250 Watts e produzirão menos energia do que poderiam. Com o microinversor grid tie, essa incompatibilidade não existe, pois cada painel funciona como um sistema independente.

Monitoramento e rastreamento de falhas

Quase todos os inversores têm algum tipo de monitoramento e detecção de falhas, no entanto eles só conseguem monitorar a “string” como um todo (string é como chamamos um “X” número de painéis solares conectados em série). Já o microinversor pode monitorar cada placa fotovoltaica individualmente, permitindo, assim, que você identifique exatamente o que está acontecendo com cada um dos painéis solares em seu telhado.

Se seu tradicional inversor central apresentar alguma falha, isso é raro, todo o sistema fotovoltaico para de funcionar até que essa falha seja solucionada. Se um microinversor desenvolve uma falha, os microinversores restantes continuam a funcionar independentemente. Ou seja, em caso de falha em algum microinversor, o seu sistema só perde a produção de energia de 1 painel solar até que esse microinversor seja arrumado.

Modularidade

Cada modelo de inversor só pode aceitar um número específico de painéis solares conectados em série, por isso nem sempre é possível simplesmente adicionar mais painéis solares no futuro. Já com o microinversor, é possível adicionar quantos painéis a mais você quiser.

Orientação dos painéis solares

Quando os painéis são conectados em série, todos precisam ser instalados com a mesma orientação para produzir a tensão correta e, ao mesmo tempo, para que o inversor funcione adequadamente. Quando você tem um inversor com 2 entradas independentes, você pode ter duas séries de painel solar conectadas em cada entrada, dessa forma essas séries podem ter os painéis virados para duas direções. Quando você usa microinversores, é possível ter painéis com orientações diversas sem que um painel afete a produção de energia do outro.

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GARANTIA DE FIEL CUMPRIMENTO PARA USINAS DE MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Uma novidade trazida pela Lei 14.300/22 para a conexão de usinas de minigeração foi a apresentação da garantia de fiel cumprimento (GFC) para algumas usinas de maior potência.

Lembrando que esse não é um assunto novo no setor elétrico. Isso porque para geração centralizada nos casos de hidrelétricas e eólicas, por exemplo, é comum a garantia financeira antes de iniciar a operação da usina.

O que é a Garantia de Fiel Cumprimento?

Trata-se de uma garantia financeira, ou seja, um aporte financeiro que tem por objetivo garantir o cumprimento de contratos, sejam eles privados ou públicos. Após a construção da usina e com a conexão à rede dentro do prazo, o valor é devolvido integralmente ao acessante.

Então, o objetivo dessa garantia financeira é assegurar que a usina seja construída e desestimular a venda de orçamentos de conexão, uma vez que é proibida a comercialização de pareceres de acesso, nos termos do artigo 6º da Lei 14.300.

A exigência de garantia financeira para desenvolvimento de empreendimentos ou estudos é embasada em resoluções normativas expedidas pela ANEEL, as quais se encontram fundamentadas em dispositivos legais que tratam do segmento de geração de energia elétrica, incluindo, mas não se limitando às Leis 9.648/1989, 9.074/1995, 9.427/1996, 10.848/2004, 11.943/2009, 13.360/2016, artigos 20, VII, 176 e 21, XII, “b” da Constituição Federal, e demais regulamentações posteriores.

Como vai funcionar para MMGD?

Os valores da garantia de fiel cumprimento estão previstos na lei (art. 4° Lei 14.300 e art. 655-C REN 1.000) de acordo com a potência do projeto. Vejamos:

A lei (art. 4° Lei 14.300 e art. 655-C REN 1.000) trouxe uma exceção, estabelecendo a dispensa dessa obrigação para centrais na modalidade de Empreendimento de Múltiplas Unidades Consumidoras (EMUC) e de Geração Compartilhada por meio de Consórcio e Cooperativas.

Desde que permaneça na mesma modalidade por, no mínimo, 12 meses após a conclusão do processo de conexão.

Quando a Garantia de Fiel Cumprimento deve ser apresentada?

A obrigação da apresentação da GFC incide a partir do momento em que o acessante se torna “interessado em implantar uma usina de minigeração”. Assim, a garantia deve ser apresentada junto com o protocolo da Solicitação de Orçamento de Conexão.

Como apresentar essa garantia?

Na apresentação da garantia de fiel cumprimento o consumidor pode optar, exclusivamente, por uma das seguintes modalidades:

Projetos Existentes

Para a  apresentação da garantia de fiel cumprimento para os projetos existentes devem ser analisados as seguintes consições

  • Projetos com Orçamento de conexão válidos NA DATA de vigência do Art. 655-C: Devem apresentar a garantia financeira até 90 dias contados da vigência deste artigo ou celebrar CUSD.
  • Projetos que solicitação o Orçamento de conexão válido ANTES da vigência do art. 655-C: Se ainda ainda não possuem orçamento de conexão, deve haver a apresentação da garantia de fiel cumprimento do prazo de 90 (noventa) dias a contar da emissão do orçamento de conexão.

Em caso de descumprimento orçamento de conexão deve ser cancelado.

Cálculo da Garantia

A ANEEL estabeleceu uma tabela de preço (REH 3.171/23) de referência para cada fonte de energia e prevê que o cálculo deve ser feito conforme a fórmula estipulada no art. 655-C REN 1.000/21:

GFC(R$) = Percentual x Potência x Preço.

Em que:

Percentual:2,5%, caso a potência a ser conectada seja superior a 500 kW e inferior a 1.000 kW; ou 5,0%, caso a potência a ser conectada seja igual ou superior a 1.000 kW;
Potência é a potência a ser conectada objeto da solicitação de orçamento de conexão, nos termos da Seção IX do Capítulo II do Título I, em kW, observado o §3º do art. 655-E; e
Preço é o preço estabelecido em ato da ANEEL, em R$/kW.

O que acontece se o acessante depositar a garantia e depois desistir do projeto?

A partir da emissão do Orçamento de Conexão, o acessante tem o prazo de 90 dias para informar a desistência do projeto. Se esse prazo não for respeitado, o acessante perde o valor e a garantia será executada (art 4° Lei 14.300/22 e art. 655-C REN 1.000/21).

Garantia Executada: Caso o acessante não realize a conexão da usina à rede, ele perderá o valor pago na Garantia de Fiel Cumprimento, de maneira que esse valor será revertido em prol da modicidade tarifária que é um princípio que rege o setor elétrico (amenização de tarifa de energia de todos os brasileiros).

O aporte financeiro é devolvido caso a usina entre em operação?

Cumpridas as exigências e após a conexão da usina à rede, a distribuidora terá o prazo de 30 dias para devolver o valor depositado à título de garantia de fiel cumprimento, com correção monetária. 

Resumo sobre a Garantia de Fiel Cumprimento pela Lei 14300

Dessa forma, referente ao tema tratado neste artigo temos que:

1.A Garantia de Fiel Cumprimento deve ser apresentada junto com o protocolo da Solicitação de Orçamento de Conexão;
2. Projetos >500 kW devem apresentar garantia de fiel cumprimento;
3. Estão dispensados de apresentar garantia empreendimento de Geração compartilhada e EMUC;
4. O acessante tem o prazo de 90 dias para informar a desistência do projeto, depois de emitido o orçamento de conexão;
5 . Após usina entrar em operação, a distribuidora tem 30 dias para devolver a GFC. 

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Energia solar para empresas: Todas as Informações

Empresários e gestores têm que lidar com centenas de variáveis diariamente. Seu papel, afinal, é garantir que a operação de uma companhia esteja crescendo de maneira satisfatória e aumentando a sua rentabilidade. 

Uma das maneiras mais populares de se aumentar lucros é reduzir custos de operação. E, nesse sentido, a conta de luz pode ser um dos pontos de economia para uma empresa. 

Utilizando-se energia solar, empresas podem não só cortar custos operacionais, mas também garantir um funcionamento mais sustentável. Quer entender melhor todas as soluções que a energia fotovoltaica pode oferecer às empresas? Acompanhe este artigo.

O que é energia solar para empresas?

A energia solar para empresas consiste na instalação de um sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica limpa e segura. Toda energia produzida pelo sistema poderá ser usada nas operações cotidianas da companhia, representando uma significativa economia na conta de luz. 

A instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica para empresas é muito semelhante àquela que podemos observar em residências. A grande diferença está na escala do sistema: operações empresariais requerem mais painéis solares.

Como funciona a energia solar empresarial?

Um sistema fotovoltaico voltado para a atividade empresarial funciona da mesma maneira que qualquer outro, ou seja, captando a luz solar e convertendo-a em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico. Depois, a energia é adaptada, de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). 

Existem particularidades de funcionamento que mudam de acordo com o tipo de sistema fotovoltaico escolhido. Por exemplo, os sistemas off grid, on grid ou híbridos. Explicaremos melhor no próximo tópico.

Tipos de energia solar para empresas

Assim como as residências, empresas também podem escolher qual o tipo de sistema fotovoltaico de geração de energia mais se adequa às necessidades de suas operações. 

Existem três principais tipos de sistema que apresentam diferenças fundamentais entre eles. Entenda melhor abaixo.

On-grid

São os sistemas conectados à rede de distribuição pública. Eles são os mais populares porque aliam a comodidade do acesso à rede com a economia da geração de energia independente. 

Os sistemas on grid funcionam em paralelo à rede elétrica e permitem que o estabelecimento use energia fornecida pela distribuidora durante a noite ou em dias chuvosos e nublados.

Além disso, esse sistema possui mais uma vantagem interessante: toda energia excedente produzida pelo sistema fotovoltaico torna-se créditos, que têm validade de até cinco anos. 

Esses créditos abatem o valor da conta de luz referente à energia consumida da rede. A regulamentação dos créditos de energia está na Resolução Normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece as regras do sistema de compensação de energia.

A utilização dos créditos não está limitada apenas à sua localidade de produção. Outras modalidades de geração distribuída, criadas pela Aneel em 2015, permitem que diferentes unidades possam usá-los, desde que estejam dentro do raio de cobertura da rede e tenham a mesma titularidade. 

No caso de empresas, isso quer dizer que diferentes filiais poderão usar os créditos de energia solar – incluindo aquelas que não produzem a energia fotovoltaica! Essa possibilidade existe na modalidade de geração compartilhada.

Off-grid

Enquanto isso, o sistema off grid funciona de maneira oposta ao on grid, ou seja, sem a conexão com a rede de distribuição de energia.

Sistemas como esse utilizam baterias para armazenar a energia que não é usada, garantindo o abastecimento mesmo durante a noite, períodos de chuva ou baixa luminosidade.

Essa é uma solução especialmente útil para empresas que enfrentam problemas com o abastecimento de energia ou têm operações em lugares remotos. Os sistemas off grid são completamente independentes da rede de distribuição, maximizando a economia.

Híbrido

Os sistemas híbridos unem o melhor dos dois mundos, utilizando baterias e conexão com a rede de distribuição para maximizar resultados.

Um sistema fotovoltaico híbrido pode proteger as operações da empresa contra quedas de energia e flutuações no serviço da rede de distribuição durante a noite, garantindo que a produção continuará em pleno funcionamento. 

Sistemas como esse também são capazes de aumentar a economia na conta de luz, pois permitem utilizar a energia armazenada durante as horas de ponta, quando a energia da rede é mais cara.

No entanto, infelizmente, o uso de baterias em conjunto com a rede elétrica ainda não foi homologado pela Aneel, o que impede esse tipo de instalação no Brasil.

Vantagens da energia solar para empresas

A energia solar para empresas oferece diversas vantagens: economia nas contas de luz – que costumam ter valores elevados –, rápido retorno sobre o investimento, fácil instalação dos equipamentos e sustentabilidade com energia limpa.

Conheça as maiores vantagens da energia solar para empresas:

Proteção energética

Empresas precisam avaliar diversas variáveis para que seu lucro seja garantido. A flutuação do valor da energia elétrica é, de longe, um dos itens que mais sofrem variação. 

De 2002 a 2010, por exemplo, o custo da energia elétrica subiu 186%. De 2010 a 2014, foram mais 30% de acréscimo. Com a baixa nos níveis das hidrelétricas e a implementação de bandeiras tarifárias, não há sinais de que o custo será barateado. 

Novas bandeiras tarifárias são criadas para conter a crise hídrica, o que onera ainda mais o bolso do consumidor. Mais recentemente, foi implementada a Bandeira Escassez Hídrica, com o maior custo por kWh dos últimos tempos.

Por isso, a energia solar oferece uma vantagem de proteção contra essas tarifas, garantindo que os custos serão reduzidos. Com a energia solar empresarial, a organização não fica refém do aumento inflacionário e governamental das tarifas de luz, pois o seu sistema fotovoltaico gera a própria energia e reduz até 95% do valor da conta de luz.

Redução de custo

O setor empresarial é um dos que mais gasta com as tarifas de conta de luz. Esse gasto acaba aumentando os custos fixos da empresa e reduz a proporção de investimentos no negócio. Para ajudar a resolver esse problema, é recomendável instalar um sistema fotovoltaico para que a empresa produza a energia e não dependa exclusivamente das concessionárias.

A redução de custos ocorre independentemente do tipo de sistema. No sistema on grid, as empresas ganham ao compensar seus créditos de energia. Já no sistema off grid, as empresas reduzem os custos ao utilizar a energia solar e armazená-la em baterias para uso posterior.

Por fim, a redução dos custos pode ser aproveitada nos sistemas híbridos, que reúnem características dos outros modelos mencionados. 

Dependendo da escolha da empresa, a economia pode chegar a 100% do gasto, sendo necessário, em alguns casos, apenas pagar a taxa mínima de luz.

Retorno de investimento

O retorno de investimento (ou payback) de um sistema solar fotovoltaico é um dos fatores que mais chamam a atenção das empresas.

Em média, o retorno do valor investido é de 5 a 6 anos. Se considerarmos o constante aumento do custo da energia elétrica, a crise hídrica, as bandeiras tarifárias que podem ser criadas e a utilização cada vez maior das termelétricas, esse payback pode ser reduzido.

Além disso, considerando que um sistema instalado de forma correta e que recebe a devida manutenção tem uma vida útil de mais ou menos 25 anos, o tempo do retorno de investimento passa a ser ainda mais vantajoso para as empresas.

Energia verde

A energia solar fotovoltaica é totalmente sustentável! A “matéria-prima” desse tipo de solução é a luz do sol. Como sabemos, ela é uma fonte renovável e inesgotável de energia, o que faz com que a energia solar seja especialmente segura nesse sentido.

A descarbonização também é favorecida pela utilização da energia solar pelas empresas. A energia gerada a partir da luz solar não emite o gás carbônico (dióxido de carbono), ajudando, assim, na redução do efeito estufa.

Outros tipos de fontes de energia limpa também entregam o resultado da redução da emissão de dióxido de carbono. Porém, a grande vantagem da energia solar no Brasil é que estamos em uma posição geográfica favorável para o recebimento de uma grande incidência solar.

Melhoria da imagem da empresa

Em uma pesquisa realizada pela agência Union + Webster, foi constatado que as pessoas preferem comprar produtos e serviços de empresas que atuam com práticas sustentáveis.

O percentual dos entrevistados que afirmou essa colocação foi de 87%. Ao mesmo tempo, cerca de 70% dos participantes afirmaram que não se importariam de pagar um pouco mais se a empresa for sustentável.

Dessa forma, as empresas que tiverem uma política de proteção ao meio ambiente, com o uso da energia solar fotovoltaica, por exemplo, se destacam no mercado. Elas podem desenvolver o chamado “marketing do bem”, atraindo mais clientes e investidores para o negócio.

Entre as demais vantagens da energia solar para empresas, podemos destacar: 

  • proteção contra as flutuações no abastecimento de energia;
  • estabilidade no fluxo de caixa;
  • durabilidade do sistema.

Quanto custa a energia solar empresarial?

O avanço tecnológico e a popularização dos sistemas fotovoltaicos são fatores que contribuíram para o barateamento de custos da tecnologia. Existem também linhas de financiamento que tornam a aquisição do sistema mais acessível. 

Para calcular o verdadeiro custo da instalação de um sistema fotovoltaico, é necessário levar em consideração fatores como a média mensal de consumo, a incidência de luminosidade da área da instalação ou se existem períodos de sombra sobre a superfície. 

Estima-se que o investimento necessário para instalação de painéis fotovoltaicos em empresas varia de R$ 50 mil a R$ 5 milhões. Essa quantia é diretamente influenciada pelo consumo médio do estabelecimento.

Utilização da energia solar na empresa

A aplicação de energia fotovoltaica dentro das operações de uma empresa é bastante ampla e pode servir companhias de diferentes segmentos do mercado – desde os grandes parques industriais até os pequenos e médios negócios.

A eletricidade gerada pelos sistemas poderá ser usada no abastecimento das atividades de escritórios, no funcionamento de maquinário e em todas atividades que envolvem o consumo de energia elétrica.

Como instalar energia solar empresarial?

O primeiro passo para instalar energia solar em sua empresa é procurar por uma empresa instaladora especializada e reconhecida no mercado, somente assim você garante um projeto seguro, eficiente e que traga o retorno financeiro esperado durante a vida útil dos equipamentos.

Nessa hora, a equipe comercial irá averiguar todas as informações necessárias para pré-dimensionar e precificar o seu gerador solar empresarial, como a média anual do consumo elétrico da sua empresa e os dados de níveis de radiação solar no local onde ela está instalada. 

Depois de fechado o negócio, uma equipe especializada irá até a sua empresa realizar a visita técnica para coleta das informações que serão utilizadas para realização do projeto, como as condições do telhado para implementação dos painéis solares e possíveis sombreamentos, escolha do local para instalação do inversor solar e outros dados.

Ao concluir o projeto técnico, a empresa dá início ao processo de solicitação de acesso à rede junto à distribuidora da sua região. Depois, é feita a entrega dos equipamentos e instalação do sistema em data previamente agendada.

Por fim, cabe à equipe da distribuidora realizar a vistoria da instalação, troca do medidor de energia pelo modelo bidirecional e conexão do sistema à rede elétrica, permitindo que sua empresa adentre o sistema de compensação de energia e comece a gerar créditos.

Uma dica é ler bastante e se informar sobre a tecnologia fotovoltaica, assim você consegue alinhar suas expectativas com os benefícios reais que a energia solar pode trazer a sua empresa.

Para isso, utilize o site do Portal Solar, que é o maior portal brasileiro sobre energia solar. Além de conhecer tudo sobre os sistemas fotovoltaicos, você pode consultar a unidade mais próxima de você em nosso mapa de empresas e pedir um orçamento gratuito do seu projeto.

Como é feita a manutenção?

A manutenção de um sistema de energia solar para empresas é feita da mesma forma que em residências ou indústrias, e não demanda grandes investimentos. A limpeza dos módulos solares é o cuidado mais frequente e pode ser feita pelo próprio usuário utilizando apenas água, mas isso somente quando eles estiverem muito empoeirados, o que não é comum em lugares com chuvas periódicas.

Já a limpeza de sujeiras mais pesadas, como resíduos gerados pelos animais, pode ser feita pela equipe técnica especializada durante as manutenções periódicas do sistema, que devem ser feitas pelo menos uma vez ao ano.

Nessas ocasiões, os técnicos também realizam a manutenção elétrica e física de todos os equipamentos do sistema, o que garante a ele continuar operando com a melhor eficiência e segurança, além de prolongar a sua durabilidade.

Energia solar para empresas grandes

A geração de energia solar para empresas grandes é feita por meio do sistema fotovoltaico conectado à rede (on grid), que possui equipamentos responsáveis por captar a luz solar e transformá-la em energia elétrica.

Além disso, grandes empresas que estão inclusas no ambiente de contratação livre (mercado livre) podem usufruir das vantagens da energia solar sem precisar instalar um sistema próprio, bastando escolher fornecedores que trabalhem com a produção através de fazendas solares.

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Sistema de Energia Solar Off Grid

É comum ter dúvida sobre a energia solar off grid na hora de escolher o sistema fotovoltaico ideal para o seu imóvel. Por isso, é fundamental saber a diferença entre os sistemas on grid e off grid, seus prós e contras, e como funcionam.

Sendo assim, para começar a produzir energia limpa e renovável, reúna todas as informações e estude as possibilidades que variam de acordo com a sua necessidade, seja em sua residência, estabelecimento comercial ou indústria.

O que é o sistema de energia solar off grid?

O sistema de energia solar off-grid (sistema isolado ou sistema autônomo) tem como principal característica o “autossustento”, ou seja, é um sistema não conectado à rede elétrica, que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando não houver produção.

Como funciona o sistema de energia isolado off grid?

Por tratar-se de um sistema autônomo, o funcionamento ocorre à parte da rede elétrica. O sistema abastece os aparelhos domésticos e eletrônicos que utilizarão a energia de forma direta. Essa opção é principalmente utilizada em locais remotos, visto que, para muitos, é a maneira mais econômica e simples de gerar energia elétrica por conta de dificuldades na região.

O sistema off grid tem seu funcionamento igual ao sistema on grid, sendo aproveitado em atividades do dia a dia como bombeamento de água, iluminação, eletrificação de cercas e muito mais. A energia solar, por ser armazenada em baterias, pode ser utilizada em dias chuvosos, nublados e durante a noite.

A operação de um sistema solar off grid ocorre com o mesmo padrão de captação da luz do sol para a conversão de energia solar em energia elétrica, utilizando equipamentos como painéis solares, inversor solar, controlador de carga e baterias.

Vantagens do sistema fotovoltaico off grid

Para entendermos as benefícios da energia solar off grid, precisamos saber que existem diferentes vantagens entre um sistema de pequeno e de grande porte. Os de pequeno porte são caracterizados pela geração de energia em menor escala, porém ainda independentes da energia elétrica convencional, conectada à rede. Conheça algumas vantagens desse tipo de sistema:

  1. Diminuição do consumo de combustíveis fósseis;
  2. Aumento da disponibilidade de energia;
  3. Redução de custos;

Enquanto isso, há vantagens também para os sistemas fotovoltaicos off grid de grande porte, como:

  1. Menor dependência de combustíveis fósseis;
  2. Diminuição de custos com transporte de combustíveis;
  3. Menor índice de emissão de gás carbônico;
  4. Redução de risco de acidentes;

Desvantagens do sistema fotovoltaico off grid

Por outro lado, existem algumas desvantagens no sistema de energia solar off grid que devem ser consideradas no momento de escolha do seu projeto:

  1. Custo mais elevado em relação ao sistema on grid;
  2. Apresenta menor eficiência energética;
  3. Causa impactos ao meio ambiente por ser dependente de baterias;

Diferenças entre o sistema off grid e o sistema on grid

Como falamos acima, existe uma diferença básica entre os dois tipos de sistemas fotovoltaicos, fazendo total diferença em seus funcionamentos. Desta forma, podemos diferenciar o sistema fotovoltaico off grid e on grid através de uma simples comparação entre os fluxos de operação, uma vez que um dos dois possui ligação com a rede elétrica de distribuição e o outro não.

  • Sistema fotovoltaico off grid: É um sistema fotovoltaico isolado e autônomo, ou seja, não é conectado à rede e funciona por meio do abastecimento de baterias;
  • Sistema fotovoltaico on grid: Trata-se de um sistema conectado à rede, permitindo que a energia gerada seja utilizada tanto para consumo local quanto em outro ponto da rede elétrica.

Em vista disso, se você deseja ter o auxílio de um sistema que produza energia elétrica para todo o seu imóvel, a melhor opção está no sistema conectado à rede (on grid), porém, é necessário checar se não há ligação com companhias elétricas ou problemas de armazenamento.

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